SINCRETISMOS DENTRO DO CANDOMBLÉ
Não há como falarmos no candomblé, sem citarmos o sincretismo. Uma vez que ele teve seu começo nas senzalas e permaneceu de uma forma cada vez mais viva dentro da prática religiosa africana. O sincretismo foi uma maneira que os escravos encontraram para driblarem a perseguição da Igreja, que proibia o culto aos seus Deuses, por achar que se tratava de bruxaria. Então os escravos passaram a esconder as pedras sagradas dos assentamentos (Okutás), dentro de imagens de Santos, tendo assim uma maior liberdade de culto.
E foi assim que nasceu a "ligação", entre os Orixás e os Santos do catolicismo. Mas é importante lembrar que esta era apenas uma forma fictícia de seu culto, nada tendo de real com a maneira de praticar sua religião. Com o passar dos anos alguns sacerdotes, foram fazendo parte das irmandades da igreja e passaram até mesmo a introduzir algumas rezas em seu cordão herdado dos escravos.
Mas para a prática real do candomblé, estas rezas nunca tiveram muito a ver com a realidade, uma vez que na África eles não tinham conhecimento da igreja, do cristianismo, ou de qualquer outro fator religioso, que encontraram aqui. E assim nasceu o candomblé que conhecemos hoje com seu sincretismo:
Ogum - Santo Antônio e S. Jorge
Oxóssi - São Jorge , e São Sebastião
Ossãe - São Expedito , e São Benedito
Oxum – Marê - São Bartolomeu
Omulú - São Lázaro e em alguns estados é sincretizado com S. Braz
Obaluayê - São Roque
Xangô - S. Jerônimo, S. Pedro, S. João Batista, S. Judas Tadeu.
Logum – Edé - S. Miguel Arcanjo
Oyá - Santa Bárbara
Oxum - Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora da Penha.
Yemanjá - Nossa Senhora dos navegantes, Nossa Senhora da Glória
Nanã - Nossa Senhora Santana
Ibeji - Cosme e Damião
Obá - Santa Joana D’arc
Oxalá - Jesus Cristo.